sábado, 23 de abril de 2011

Um brinde à sabedoria das letras!

Por Karine Bighelini, em 23/04/11

Escrever com alma satisfaz todo e qualquer tipo de inspiração
Quando ela vem, não importa o lugar tampouco o momento
Nunca a desperdiço, jamais a deixo de lado!

O momento é esse, a hora é agora...
Quem disse que intuição é coisa controlável, é programável?
Alguém falou, um dia, que não somos senhores do nosso querer,
Portanto, regras demais atrapalham, esvaziam-se no tempo...

Ser previsível é ser pobre de espírito,
É ser tolo de alma, de amor, de vida!
Feliz é quem pode escrever todo dia algo diferente, quente, ardente...
Algo que fique no tempo, que marque a vida de outro alguém!

Anjos me dizem algo a todo momento,
Em cada esquina, em cada instante que vivo,
Percebo a presença e a força do que vem do alto!
Talvez você não entenda, mas viver ultrapassa qualquer tipo de entendimento...
Porém não é preciso entender tudo,
Algumas sensações são muito melhores do que as certezas que, às vezes, pensamos ter!

Prefiro as possibilidades, os acasos com todas as suas inesperabilidades!
Não corro atrás do que é certo, mas daquilo que me faz feliz!
Não fico esperando o momento ideal,
Às vezes a espera pode levar uma vida inteira...

Escrevo, sobretudo, para dar vazão aos meus sentimentos!
Prendo-me a valores, a ações afirmativas, a pessoas especiais...
Dispenso o vazio do silêncio, o grito dos sem-razão, a ofensa de quem nada diz!
Presto atenção às palavras: escritas, faladas, sussurradas,
Mas, àquelas em que o prazer de lê-las, ouvi-las, senti-las,
Minh'alma procura, espera, corre atrás!

Então, um brinde à sabedoria das letras!
Um brinde a toda palavra que permanece em nossas memórias...
E a toda inspiração de quem, ao escrever,consegue
Revigorar sonhos,
Transformar vidas
E reescrever histórias!

sábado, 16 de abril de 2011

Saia do clube das perdidas!

Por Karine Bighelini, 15/04/11
Ando meio perdida! Aliás, arrisco em dizer que não estou sozinha nesta constatação. Há uma semana atrás, conversando com uma amiga que já está fora do Brasil há um bom tempo, descobri que estatisticamente esta "população" vem crescendo progressivamente. "Já existe até um clube", disse ela. "E caso também estejas, és a sexta que percebo neste mês...". Brincadeiras à parte, seria cômico se não fosse trágico! Mulheres bem sucedidas, inteligentes, bonitas; mas, não tão bem resolvidas...

Comecei, então, a divagar nesta "crise da identidade feminina". A moda é estar na moda, ser bonita e contemporânea, pertencer a padrões, a modelos sociais, "estar" feliz a qualquer custo. Parecer natural? Talvez, sim! Às vezes, a originalidade é "chique", é "on", é "up". E é nesse viés cultural ("ser ou não ser, eis a questão") que muitas mulheres se perdem.

A inautenticidade tornou-se uma praga social. Tudo o que pertence ao outro (ou melhor, à outra), soa-nos melhor! Perdemo-nos em um universo alheio, em uma realidade paralela que se sobrepõe a nossa de uma forma muito natural. Capaz de produzir, anos mais tarde, uma crise de tempos e modos verbais. É o encontro do imperfeito do subjuntivo com o futuro do pretérito: "Ah, se tivesse agido de tal forma, teria sido mais feliz...". "Se pensasse desta forma ontem, hoje seria bem diferente...".

Há falta de paralelismo entre nossos comportamentos. Há ambiguidade de sujeitos em nossas relações! Escravizamos o interior, aprisionando nossas vontades. Em contrapartida, ressaltamos a embalagem produzida por outros olhares, por outras idéias concebidas. Acabamos mostrando várias identidades em detrimento de uma. Uma que deveria ser nossa e única. Será que está valendo à pena?

Em 2008, no Jornal O Globo, Roberto Damatta pronunciou uma frase emblemática: “Vivemos num mundo curioso. Tudo o que nele ocorre é global, universal e uniforme e, no entanto, os eventos que mais chamam a atenção são os que têm um feitio único, singular, especial.” Voltemos, então, a nossa exclusividade, a nossa singularidade. O sentido é ser única, é pensar e agir do nosso jeito. Portanto, saia do clube das “perdidas”... Encontre-se com sua identidade!